Viagem ao Nordeste
Viagem ao Nordeste
'99 - Quarta Semana (Pernambuco, Alagoas)
Dia 26: 18/02 - Quinta
Saímos bem cedo e fomos para o Aeroporto, que é onde devíamos pegar o carro alugado. A firma escolhida pelos gringos foi a Unidas, e o carro que nos deram foi um Gol, já meio maceteado por ser carro de aluguel. Motorista: Isabelle!! O segundo motorista seria o Philippe. A mim, nem perguntaram nada - mas de qualquer modo eu já tinha cometido a proeza de esquecer a minha carteira de motorista em casa, em Niterói.
Primeiro destino: a "Olária" que Isabelle tanto queria ir. Explico: no dia anterior, ela citou várias vezes uma tal de "Olária" que ela queria ir, que era de um artesão conhecido, etc e tal que o guia falava. Nós nos entreolhamos à menção de tal palavra, mas não demorou muito para que entendêssemos o que ela estava querendo dizer; era Olaria, que segundo o velho Aurélio significa:
1. Fábrica de produtos cerâmicos; cerâmica.
2. Indústria de oleiro.
3. Conjunto de peças de louça de barro ou cerâmica.
No caso, era a primeira opção.... Pois bem, chegamos lá (após erros e acertos, pois fica na periferia de Recife) e não é que a tal "Olária" que ela tanto falara, era, além disso, o Atelier de Francisco Brennand (artista plástico sobre o qual eu já lera na Bravo!). Bem que eu entrei no lugar e, após ver algumas peças, cismei que já tinha visto em algum lugar - até que puxei pela memória e lembrei da revista. O "Atelier" dele é muito interessante, possui uns recantos bem "viajantes", bem de alguém que deixou a imaginação reinar por sobre seu habitat. Há inclusive, dentro da antiga fábrica de cerâmicas, uma espécie de câmara onde, ao entrar, eu quase jurei que tinha adentrado em alguns daqueles cenários de MYST!!!).
Rumamos então, após a parada cultural, para o nosso segundo destino (e já a caminho de Maceió): a praiazinha de Calhetas. Devo dizer algo sincero sobre esse lugar: essa praia, algum dia há mais de 10 anos atrás, deve ter sido interessante, bonita. É um prainha, bem pequena mesmo, incrustada no sopé de um morro, ladeada por pedras: até onde eu entendo, é coisa rara ver no Nordeste um praia pequena, ainda mais cercada por pedras. Ainda se sente uma sensação de como devia ser agradável, antigamente, descer por entre os coqueiros e chegar no recanto dessa prainha. Mas hoje em dia, acho que acabaram com a praia: só há barracas e mais barracas, muita gente, sujeira à vera, aspecto decaído. Sinceramente, nem sei se vale a pena visitá-la.
Não ficamos muito tempo. Pegamos a estrada para a nossa próxima parada: Tamandaré. Ao chegarmos lá, nem conhecemos a praia de Tamandaré mesmo, fomos direto para uma praia chamada CARNEIROS, que é.... 10!!!!!! Caramba, essa praia foi uma das MELHORES praias de toda a viagem!!! O acesso a ela é que é meio complicado; ou se anda desde Tamandaré, ou tem que ir via "propriedade privada", pois paramos o carro no portão de um condomínio chamado "Condomínio Pontal de Carneiros". Esse pessoal se acha dono das praias, nunca vi. O porteiro deixou que entrássemos (até pensei que não deixaria), e caminhamos até a praia. Foi extasiante! É uma praia bem aos moldes daquele tipo de praia que eu estava querendo ver: Lembra um pouco até as praia de Barra Grande na Bahia, com bastante coqueiros etc. É uma praia meio que caribenha, aquele tipo de praia que quem é do Sudeste acha que o Nordeste só tem praia desse jeito, meio "paradisíaca". O mar é verde, verde, verde! Linda! Linda! Para dar um toque mais Caribe, paraíso, ainda, os coqueiros, de quando em quando, se inclinam, e até caem, em direção à praia deserta, e aquele mar.... sem brincadeira, até agora parte de mim está lá, boiando em águas calmas.... Ficamos lá, chupando manga e aproveitando a vida. É um must, lugar para se voltar um dia.
Mais tarde, "almojantamos" num Bar em Tamandaré e pegamos a estrada, já anoitecendo, para Maceió. Após 3 horas de viagem, chegávamos nessa cidade, e nos dirigimos sem mais delongas para a Praia do Francês. Já eram 21:40, estávamos mortos. Achamos a Pousado indicada por Ana, a Pousada Brunmar, e logo dormimos....